domingo, 24 de maio de 2009

PARALISAÇÃO 25/5

RELATORIA DA ASSEMBLÉIA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO OCORRIDA NO DIA 22 DE MAIO, ÀS 12HS, NO SALÃO NOBRE.

Compareceram à assembléia cerca de quarenta pessoas, sendo a maioria de estudantes, alguns professores e funcionários. Abriu-se a assembléia informando de sua convocação: a decisão das categorias de professores e estudantes da FE quanto à adesão ou não à paralisação do dia 25/05. Esta já havia sido tirada pelos funcionários e indicada pela assembléia da Adunicamp ocorrida no dia 21 de maio. Abriu-se para os informes:

1. O professor Vicente fez um breve relato da reunião da Adunicamp, em que os professores da Unicamp haviam aderido à paralisação.
2. O funcionário Ivo informou que aconteceu ontem, dia 21 uma reunião de funcionários da FE que tinha numeroso quórum e decidiu aprovar a paralisação na segunda, dia 25. Haverá ato na reunião do CONSU do dia 26/05 e nova assembléia dos funcionários da Unicamp no dia 27/05, com indicativo de greve;- plenária de estudantes das três públicas de SP no ato do dia 18/05 na USP decidiu chamar nova plenária, maior, para o ato de 25/05, também na USP;
3. A estudante Renata relatou que historicamente, as reivindicações salariais só foram conquistadas por meio de greves; que o momento demandava somar a luta pelo salário à repulsa à Univesp - Universidade Virtual de São Paulo;
4. Otávio, estudante do IFCH informou que lá aconteceram duas assembléias, na semana passada em que se tirou posição de repúdio à Univesp; estudantes e funcionários de lá fizeram mutirão para salvar os livros da biblioteca, que sofreu alagamento; denunciou-se a precarização do trabalho em função da terceirização dos serviços de alimentação, segurança e limpeza da universidade e a alarmante situação do quadro docente do IFCH, que carece de 75 professores e conta com 32 que já poderiam se aposentar - enxugamento do quadro docente prejudica toda a universidade;- segundo o boletim FORUM das seis de Maio/2009, "De 2006 a 2008, o ICMS cresceu 30,4% de nossos salários". É deste imposto que provém o financiamento das três universidades públicas paulistas e, apesar da expansão de vagas neste período, não houve aumento da porcentagem do ICMS repassada às IES - há muito tempo nos 9,57%;- campanha salarial deve ser endossada pelas três categorias, ainda mais em tempos de corte nas verbas para educação;- ocorrem diversas perseguições aos movimentos sociais (entre os quais, o estudantil);-

FE SEDIARÁ DISCUSSÃO A RESPEITO DA EAD E DA UNIVESP NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, 27/05, ÀS 12H, EM FRENTE AO PRÉDIO ANEXO;

Em seguida foi aberto o espaço para a troca de informações relevantes e discussão, onde pontuou-se essencialmente:
- a precarização do trabalho e do ensino nas universidades públicas tem sido preocupação constante das entidades representativas das categorias componentes dessas instituições e de diversas formas vem se tentando discutir esse assunto nos espaços deliberativos da Unicamp – necessidade de se responder aos ataques midiáticos dos governantes do Estado de São Paulo e à política neoliberal para a educação.
- os funcionários tem legitimidade em sua reivindicação por melhora salarial assim como pela discriminalização e perseguição ao movimento sindical;
- Banco Mundial sugere, em um de seus documentos, o oferecimento de cursos à distância como precaução contra a articulação do movimento estudantil;- Univesp consiste na principal preocupação no momento pois pretende formar professores cuja atuação se resuma à aplicação de apostilas e jornais oferecidos pelos governo estadua, num desprestígio da profissão docente e numa precarização do ensino que põe em sério risco a permanência de cursos de pedagogia presenciais, prezadores de sólida formação teórica;- associar a precarização do ensino à Univesp é estratégia eficiente para unir as três categorias contra a mesma;- atacou-se a escola para formação de professores, proposta pelo governo Serra;- a mobilização pela educação pública e gratuita deve ser nacional;- recentemente, o atual reitor da Unicamp, Fernando Costa, veio à FE com o secretário do ensino superior, Carlos Vogt, anunciar a extinção da FE; - se em 2007 conseguimos derrubar o Pinotti, nossa tarefa agora é derrubar a secretaria de ensino superior;- perguntou-se até quando a educação seria alvo de partidarismos;- reivindicar aumento da alíquota do ICMS repassada às IES paulistas;- a precarização atinge todas as áreas do trabalho - deseja-se reduzir o piso salarial e não há legislação a respeito dos tutores/monitores de EaD, que não se enquadram em nenhuma categoria profissional;Após longa discussão, decidiu-se pelos seguintes encaminhamentos:
- UNANIMIDADE QUANTO À PARALISAÇÃO DO DIA 25/05, VÁLIDA PARA TODAS AS CATEGORIAS;- CONCENTRAÇÃO NO PRÉDIO ANEXO ÀS 8HS, SEGUNDA-FEIRA, DIA 25 DE MAIO
- ATIVIDADE CONJUNTA COM O IFCH NA MANHÃ DO DIA 25/05 – PREPARAÇÃO PARA QUEM QUISER E PUDER PARTICIPAR NO ATO EM SÃO PAULO, EM FRENTE A REITORA DA USP, ÀS 12HS – SAÍDA DO ÔNIBUS DO ESTACIONAMENTO DA BIBLIOTECA CENTRAL ÀS 11HS.
- MESAS DE DISCUSSÃO SOBRE AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS ESTADUAIS ÀS 14HS E 19HS, NA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

VENHA PARALISAR CONOSCO! ESSE MOMENTO CONSISTIRÁ NUM DIA IMPORTANTE DE INCORPORAÇÃO DAS PAUTAS LEVANTADAS PELOS FUNCIONÁRIOS, PROFESSORES E ESTUDANTES DAS UNIVERSIDADES PAULISTAS E DISCUSSÃO SOBRE AS POLÍTICAS VIGENTES ATUALMENTE EM NOSSO ESTADO E QUE NOS ATINGEM DIRETAMENTE.

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